sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Senta que lá vem a história (O livreiro de Cabul)

"Quando o talibã assumiu o poder em Cabul, em setembro de 1996, 16 decretos foram transmitidos pela Rádio Sharia. Uma nova era estava começando."


1- É proibido às mulheres andar descobertas (Obrigatoriedade do uso da burca)
2- Proibição contra a música (a música é proibida em loja, hotéis, veículos e requixás).
3- É proibido barbear-se
4- Oração obrigatória (em horários fixos)
5- É proibido criar pombos e promover rinha de aves
6- Erradicação das drogas e seus usuários
7- É proibido soltar pipas
8- É proibido reproduzir imagens (qualquer imagem, retratos, figuras etc)
9- Estão rigorosamente proibidos os jogos de azar
10- É proibido usar cortes de cabelo no estilo americano ou inglês
11- São proibidos empréstimos a juros, taxas de câmbio e transações
12- É proibido lavar roupas à margem dos rios
13- Música e dança são proibidos em festas de casamento
14- É proibido tocar tambor
15- É proibido a alfaiates costurar roupas femininas ou tirar medidas das mulheres
16- É proibida a prática da bruxaria.


Apelo às mulheres
... caso precisem sair de casa, devem se cobrir de acordo com a lei de Sharia. Se andarem com roupas da moda, ornamentadas, apertadas e atraentes para se exibir, serão condenadas e perderão a esperança de um dia chegar ao paraíso. Serão ameaçadas, investigadas e duramente punidas pela polícia religiosa, assim como os membros mais velhos da família. A polícia religiosa tem o dever de combater estes problemas sociais e continuará com seus esforços até ter erradicado o mal."

A escritora é uma correspondente de guerra que ficou um tempo no Afeganistão após a guerra.
Ela se hospedou na casa de um livreiro,ficou convivendo com a família dele e à partir dessa sua experiência escreveu o livro.

Minha visão
ADOREI. É uma pequena demonstração de como uma guerra pode ser cruel e interferir tragicamente na vida das pessoas. A narrativa demonstra como a cultura afegã maltrata as mulheres.
Ainda bem que nascí no Brasil porque viver no Afeganistão já deve ser uma coisa terrível e como mulher então seria praticamente impossível.
Recomendo a leitura.

3 comentários:

Roberta(Bettinha) disse...

Hummmmmm....
E eu então rsrs.
Deus me livre é mto castigo pra uma pessoa só!
Dá não viu rs

/Bom fim de semana

Vi disse...

Oi Re
Poxa, muito legal este seu post. Eu sempre pensei em comprar este livro. Varias vezes vi e quase levei. Uma otima opcao para abrirmos a mente e conhecermos um pouco mais do mundo tao divergente que existe!
Bjaooo

Gisele disse...

Vou te indicar esse! Comprei na livraria Leitura e estva até em promoção, mas é maravilhoso.
AMOR EM TERRA DE CHAMAS: A CORAJOSA LUTA DE JOANNA DO CURDISTAO
Jean P. Sasson

Embora o Iraque seja tema recorrente em algumas das principais manchetes de jornais e revistas em todo o mundo, a história do povo curdo e sua luta pela sobrevivência sob o domínio de Saddam Hussein jamais foi contada com tanta sensibilidade. Nesta incrível narrativa, Jean Sasson revela para o leitor uma personagem real e forte, que enfrenta as rígidas regras sociais de seu povo para viver intensamente uma história de amor pelo Curdistão e pelo guerrilheiro com quem se casa. Criada em Bagdá pelos pais, um iraquiano árabe e uma curda, Joanna al-Askari teve uma infância cheia de medo e insegurança sob o brutal regime do partido Baath, de Saddam, intercalada por alegres verões com a família no Curdistão. Ainda menina, ela sonhava com o dia que se apaixonaria por um guerreiro curdo com o qual se casaria e com quem lutaria pela liberdade do Curdistão. Aos 15 anos, seus sonhos se tornam realidade, ela conhece um guerreiro curdo genuíno e, neste momento, se inicia uma emocionante história de amor tão envolvente e movimentada quanto a luta dos curdos pela independência.

Jean Sasson conta toda a história de Joanna desde sua tenra infância até os dias mais escuros da Guerra Irã-Iraque que sucederam seu casamento com Sarbast, um atuante peshmerga, com quem seguiu para a luta no Curdistão. Cegueira temporária decorrente de um ataque químico, bombardeios noturnos, interrogações da polícia secreta, prisões infernais, incluindo o resgate de uma parente desaparecida de um dos campos de refugiados na fronteira do Irã, foram algumas das muitas adversidades enfrentadas por Joanna, que em nenhum momento desistiu de lutar por seus ideais.

Através do olhar de Joanna, em Amor em terra de chamas, o mundo dos curdos ganha vida. Da beleza estonteante das montanhas e flores coloridas que adornam a paisagem às festas, canções e danças, enfim, tudo desperta um interesse no leitor em saber sobre os costumes, tradições e dia-a dia de um povo que vive tão distante do propagado universo cosmopolita ocidental. No livro, Jean expõe um cativante retrato de uma terra fascinante e de uma cultura encantadora. Envolvente e inspirador, o relato de Joanna sobre tragédia e triunfo é um emocionante atestado do poder do amor, da força do espírito humano e de uma vontade inabalável de vencer, apesar de todas as contrariedades.